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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Quanto tempo o tempo tem. “

EXISTE UM TEMPO PARA O TRABALHO PSICOPEDAGÓGICO ?

“O tempo perguntou ao tempo, quanto tempo o tempo tem.
O tempo, respondeu ao tempo, que o tempo tem tanto tempo,



                                             
                                         A preocupação com o tempo é uma constante em nossos dias, visto que vivemos numa época em que as mudanças se dão de forma muito acelerada. Tudo é muito rápido, como as comunicações, as transações bancárias, os transportes ...
                                 No campo dos conhecimentos científicos assistimos à substituição de conceitos antigos por novos, teorias são trocadas  muito rapidamente porque se tornam obsoletas diante de novas descobertas, que, por sua vez, precipitam novas pesquisas e assim sucessivamente.
                                    Nossa vida não fica imune a tais circunstâncias. As  crianças estão perdendo a infância muito cedo; a adolescência parece querer prolongar-se numa tentativa de permanência, a maturidade tem que ser vivida em plenitude e a velhice, evitada de todas as formas.
                                    Em relação à aprendizagem, cada vez mais nos damos conta de que somos seres “aprendentes”, ou seja, só sobrevivemos porque aprendemos continuamente e podemos nos adaptar às novas situações que se apresentam diante de nós. A escolaridade tem começado desde as creches, e existe já uma  proposta de  sua ampliação, com o ingresso no 1º grau sendo antecipado para a idade de 06 anos.
                                   Ao mesmo tempo em que tudo isto se dá,  nos damos conta de que existe um universo significativo de sujeitos com dificuldades de aprendizagem ! O fracasso escolar ainda é um fantasma que ronda lares e escolas. Apesar de progressos tão rápidos e mudanças tão significativas, ainda não conseguimos resolver problemas tão antigos !
                                   Assim é o tempo !  Fruto de uma ilusão, de um “movimento” inperceptível, foge sempre ao nosso controle. Pode ser medido, mas não pode ser quantificado ou qualificado por si só .  Isto depende de nós. Se estamos interessados e desfrutando das ações que realizamos,  ele passa rapidamente; caso contrário, um minuto pode durar uma eternidade.
                                  O mesmo ocorre no trabalho psicopedagógico. Muitas vezes, uma conversa, uma única intervenção, é suficiente para promover mudanças. Em outras situações,  meses e anos  de trabalho são necessários para transformações significativas.
                                  Por isso, não devemos, num sentimento de onipotência, tentar controlar o tempo. O  melhor é deixar que ele transcorra, tomando cuidado para que as pressões externas ,  provenientes  da família ou da escola não venham a  comprometer nossa atuação.
                                  A Psicopedagogia não pode depender exclusivamente de resultados ! Eles virão, com certeza, quanto mais habilidade  tiver o psicopedagogo  para criar um espaço onde o “brincar” e o  “aprender”  aconteçam , quanto mais envolvidas no trabalho educativo estiverem a escola e a família e isto não pode ficar restrito a uma determinação de tempo.
                                    

                                                                   Júlia Eugênia Gonçalves

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