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quarta-feira, 16 de julho de 2014

O valor do pequeno


Saía eu da FAI- Centro de Ensino Superior em Gestão, Educação e Tecnologia- em Santa Rita do Sapucaí/MG, quando me deparei, na calçada, com esta minúscula árvore repleta de flores.
Havia trabalhado com a turma do curso de pós-graduação em Psicopedagogia as questões inerentes à intervenção psicopedagógica na instituição e pus-me a pensar neste tema pondo-o em relação com a árvore florida.
Veio a minha mente  o inusitado da situação biológica: arbusto tão minúsculo com uma florada tão intensa. Sei que o clima da cidade é propício ao cultivo de plantas, mas, mesmo assim, me surpreendeu. Pensei em como nossa sociedade valoriza o grande em prejuízo do pequeno, como se o tamanho tivesse relação com a qualidade. Não tem !
Comecei a articular este pensamento com os impactos que a intervenção psicopedagógica pode causar em pessoas e grupos e em como isso é valorizado também em relação ao seu tamanho. Será que temos condição de causar grandes impactos ? Será que a intervenção psicopedagógica busca a grandiosidade ou, como aquela árvore, consegue alcançar seu público causando surpresas pelo efeito que  produz, mesmo que seja em pequenas doses ?
Acredito que a segunda hipótese é a mais viável porque a intervenção psicopedagógica é comprometida com a eficácia de seus resultados e eficácia não tem relação com quantidade, com tamanho, mas com a forma como  impacta as pessoas, de maneira profunda.
Desta maneira, quando o psicopedagogo atua com um grupo, não lhe importa que consigue atingir a todos. Relevante se torna quando atinge substancialmente um ou outro. Isso porque as pessoas tocadas pelo trabalho psicopedagógico na instituição tornam-se agentes de mudança, pois cada ser que muda , torna-se exemplo de que a mudança é possível. 
A intervenção psicopedagógica é comprometida com a mudança, com o efeito que causa nas pessoas, mesmo que sejam poucas, assim como a natureza, por meio daquela pequena árvore, colocou à disposição de todos a beleza com que a revestiu. Será que alguém, além de mim, sentiu-se tocado por ela ? Não sei ! Só sei que se ela me tocou, a natureza cumpriu seu papel.


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