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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Plataforma facilita a busca por recursos digitais

 Professores e alunos interessados em tecnologias inovadoras úteis no processo de ensino e aprendizagem já têm uma aliada. Lançada nesta terça-feira (10), a plataforma Escola Digital é um portal gratuito e aberto que já conta com mais de 1,5 mil recursos digitais mapeados. São vídeos, áudios, games, livros digitais, aplicativos e outras ferramentas que podem ser utilizadas dentro ou fora do ambiente escolar. No Escola Digital, o usuário pode fazer buscas genéricas, apenas colocando a disciplina ou o tipo de mídia que está interessado, ou mais específicas, que vão da seleção de conteúdos envolvendo temas transversais ou recursos multidisciplinares. Todo o material disponibilizado na plataforma foi garimpado na web e categorizados por professores da rede estadual de São Paulo, pelo Instituto EducaDigital e pela TIC Educa. A iniciativa do Escola Digital é do Inspirare e doInstituto Natura.


Funcionando como um buscador de recursos digitais já existentes criados por produtores de conteúdo, o grande diferencial da plataforma é oferecer, de forma mais intuitiva, a busca pelos recursos que podem ser utilizados como ferramenta pedagógica. Assim, o professor interessado em um objeto digital específico, para ser utilizado em sua aula ou para propor como tarefa de casa aos seus alunos, pode encontrar no portal a ferramenta mais adequada. Todos os objetos presentes no Escola Digital foram categorizados por disciplina, série, temas curriculares e também pelo tipo de mídia: vídeos, áudios, softwares etc.
Na busca mais refinada, é possível selecionar os recursos por outras categorizações. Assim, o usuário consegue filtrar os objetos por sua licença de uso – do copyright às diferentes combinações de liberdade para uso, compartilhamento e alteração –, e também por idiomas, ou seja, além de materiais em português, ele pode encontrar objetos em outras línguas, como inglês e espanhol. E mais: caso prefira, ainda poderá buscar conteúdos pela sua disponibilidade (on-line ou off-line) ou se ele é gratuito ou pago. A plataforma permite também, além do acesso organizado aos recursos, que empreendedores e investidores possam olhar para oportunidades de desenvolvimento a partir da utilização da plataforma, por meio da opção devisualização geral. Nela, por meio de gráficos, é possível verificar onde estão os gaps de conteúdos, quais anos e disciplinas ainda não apresentam muitas opções.
Com um design amigável, todos os conteúdos mapeados no Escola Digital têm como base os parâmetros curriculares nacionais. E para ter acesso a eles, não é necessário nem sequer um cadastro prévio. Assim, basta acessar o endereço do site, fazer a busca pela ferramenta digital e encontrar o objeto de aprendizado mais adequado. Para facilitar a navegação, o portal ainda oferece os conteúdos de maior destaque, os que foram adicionados mais recentemente e aqueles mais curtidos nas redes sociais pelo próprios alunos e professores.
Mapeamento
Para colaborar com o mapeamento dos recursos presentes na plataforma foram convidados professores da rede pública que já conheciam ou utilizavam certos objetos digitais. Educadores e técnicos da Secretaria de Estado de Educação de São Paulo garimparam grande parte das ferramentas e participaram da fase inicial de testes da plataforma.

Após o lançamento oficial da Escola Digital, a expectativa é que mais secretarias de educação adotem a plataforma como suporte pedagógico e que desenvolvedores possam contribuir com a recomendação e criação de novos objetos ainda não disponíveis. Para isso, a plataforma – que espera ampliar continuamente o seu acervo – também disponibiliza um canal de contato não apenas com desenvolvedores mas com qualquer outro usuário interessado em colaborar com o envido de sugestões e recomendações de novas ferramentas que poderão fazer parte do catálogo da plataforma.

 Fonte: Portal Porvir

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

SUPERVISÃO E GRUPOS DE ESTUDOS

A supervisão e os grupos de estudo fazem parte do processo de educação continuada do psicopedagogo, profissional que atua com a aprendizagem humana e necessita estar constantemente interessado e comprometido com seu próprio processo de aprendizagem.

O olhar de um profissional mais experiente e que esteja distanciado da relação terapeuta X cliente é fundamental para que o diagnóstico e a intervenção psicopedagógicas transcorram adequadamente.


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

MASSIFICAÇÃO OU PERSONALIZAÇÃO DA EAD

Quando se trabalha com cenários a pergunta que se faz é a seguinte: _ “o que aconteceria se...” Isso nos leva a concluir que se trata de uma antecipação racional, baseada em hipóteses, as quais poderão ou não ser comprovadas segundo as experiências levadas a efeito.  Desta maneira é que nos aventuramos a pensar a pergunta: a partir do cenário atual.

De acordo com as informações disponíveis, os cursos na modalidade EAD cresceram mais em relação aos cursos presenciais no ensino superior, demonstrando que há receptividade dos usuários em relação às propostas institucionais. Em um ano, houve um aumento de 12,2% nas matrículas da EAD, enquanto a educação presencial teve um aumento de 3,1%.  Portanto, neste cenário, não há dúvida de que a modalidade de educação a distância veio para ficar e isso não pode ser desconsiderada pelas instituições educativas. Porém, o dilema é o seguinte: a EAD veio para levar o processo de ensino/aprendizagem às pessoas desprovidas de oferta de ensino presencial nas regiões que habitam? Ou veio para ampliar o ensino como um todo, com a oferta de novos cursos e novas possibilidades educativas nesta modalidade? Em ambas as situações a massificação está presente.

Os MOOCS, nas versões CMOOCs e XMOOCs estão em fase de expansão e crescimento no mundo inteiro revelando-se como um modelo pedagógico baseado na massificação, na escolha livre, na flexibilidade de acesso/desistência ao curso, na medida em que o aluno não está necessariamente ligado à instituição ofertante etc..
  
Em virtude deste raciocínio, devemos analisar também um aspecto preocupante neste cenário: a evasão nos cursos EAD é muito grande, inclusive nos MOOCS. O Censo realizado pela ABED em 2010 concluiu que a evasão dos estudantes é o maior obstáculo para a EAD segundo instituições que ofertam cursos nesta modalidade. Uma das principais queixas dos alunos diz respeito à falta de interação e necessidade de estudos autônomos, sem a orientação direta de um professor, o que não lhes permite criar “laços”.

Sendo assim, vemos que a questão da massificação traz uma solução e revela uma situação problema recorrente: o processo ensino/aprendizagem é baseado na relação interpessoal professor X aluno e quando isso não acontece gera desinteresse. As tecnologias permitem a massificação, mas a demanda parece que é por personalização e quando o aluno não se sente atendido em suas necessidades de comunicação/interação tende a desistir, pois se sente um “objeto” e não sujeito de aprendizagem.


Diante desta análise o futuro dos modelos educacionais em EAD deve trilhar o caminho apontado por Paulo Freire, segundo o qual “A relação pedagógica é uma relação amorosa” (FREIRE, 2011) e buscar caminhos que permitam o atendimento ao maior número pessoas com a manutenção de uma mediação pedagógica que possibilite a criação de vínculos entre o professor  ou tutor de um lado e o aluno, de outro.

Referência:
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. São Paulo, Paz e Terra, 34ª. Edição, 2011.


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

ARTIGO ANTIGO, MAS SEMPRE ATUAL

Há mais de dez anos escrevi este artigo para um jornal no Rio de Janeiro.
Por sua atualidade nestes meses de final de ano, reproduzo-o aqui :


SERÁ MESMO SÓ PREGUIÇA?


Júlia Eugênia Gonçalves                


Final de ano...  proximidade das férias escolares!
Alegrias para uns, que tiveram êxito na esco­la; tristeza para aqueles que não alcançaram o sucesso.
Neste último caso, a queixa dos pais vem carregada de críticas:
__ “Ele não se esforçou"; ___ "Foi pura preguiça"; __ "Não levou a sério, vadiou o ano inteiro”; ___ "Não quer nada com o estudo", etc... etc... etc...
Será que é mesmo assim?              .
O fracasso escolar pode ser proveniente de algumas causas: deficiências orgânicas (nu­tricionais, visuais, auditivas, psicomotoras, neuroló­gicas); descompasso entre o desenvolvimen­to cognitivo do estudante e as exigências do currículo escolar; problemas de ordem emo­cional, que “ocupam” a mente; preocupações com conflitos internos que impedem a apreen­são dos conteúdos escolares que vêm de fora, do ambiente externo, da cultura; inadequação de práticas pedagógicas ou problemas do âm­bito escolar, tais como trocas sucessivas de professor durante o ano, paralizações que acarretam prejuízos no cumprimento dos programas, mé­todos mal aplicados, rigidez ou flexibilidade excessiva nas normas disciplinares.
O ser humano gosta do sucesso, almeja a felicidade. O insucesso na escola não pode ser fruto de mero descaso, cansaço ou preguiça. Quando isso ocorre, já evidencia um problema cuja causa deve ser pesquisada. A criança ou o adolescente que não tem êxi­to em seu processo de escolaridade precisa mais de ajuda do que de crítica!
Com o apoio de um profissional especializado, a família poderá compreender os motivos do fracasso escolar, identificar se sua causa é i­nerente ao sujeito aprendente ou se está na instituição (escola I família). O psicopedagogo poderá ajudar o estudante a a­valiar-se, elevar sua auto-estima, descobrir o prazer de aprender e alcançar o sucesso!
A intervenção psicopedagógica tem como objetivo prover o sujeito de melhores estratégias cognitivas que lhe permitam resolver de forma mais adequada os problemas propostos pela realidade e propiciar a descoberta de suas potencialidades, de seus talentos, de seus próprios estilos de aprendizagem, facilitando, desta maneira, a  apropriação dos conteúdos  escolares.
Quando o fracasso acontece na escola, é importante que não seja generalizado. Sabe-se que nem sempre os melhores alunos tornam-se as pessoas mais bem sucedidas na vida. Não se trata de defender a mediocridade ou a falta de estudo. O verdadeiro êxito é fruto de esforço e determinação. Porém, nem todas as pessoas têm as mesmas habilidades e competências e reagem da mesma maneira aos mesmos estímulos. Muitas vezes, o sistema escolar espera uniformidade e padrões de comportamento que não são exequíveis para alguns alunos. Uma criança ou adolescente com dificuldade de atenção/concentração ou que não tenha desenvolvido competências linguísticas  geralmente não é bem sucedida nas tarefas escolares, mas pode sê-lo nos esportes, no convívio social, em atividades comunitárias.
Diante de uma reprovação, antes de castigar é conveniente analisar os motivos que possam tê-la causado. Para que esta análise seja produtiva convém ouvir um elemento externo ao grupo familiar ou escolar, que tenha o distanciamento que garanta a neutralidade e a competência que sustente sua confiabilidade. O psicopedagogo é o profissional que possui estas características, pois trabalha prestando serviços de maneira autônoma e domina os conhecimentos relacionados aos aspectos objetivos e subjetivos envolvidos na complexidade do ensinar/aprender. Sua participação, neste momento tão difícil e delicado, pode possibilitar para todos os envolvidos a oportunidade de rever práticas que se mostraram ineficazes e de criar novos espaços dialógicos de cresci mento e desenvolvimento que produzam sucesso e felicidade!






sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Meu amigo João Beauclair, com sua imensa criatividade, utilizou meu poema sobre a Psicopedagogia e criou este lindos slides que compartilho com vocês

vejam em 

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Curso gratuito ajuda docente a lidar com dislexi

Caros amigos, reproduzo esta matéria pela importância que ela possui para os educadores:


Dificuldade em ler frases simples, se atrapalhar com os sons ou significados das palavras. Em turmas numerosas, muitos professores talvez não consigam identificar que situações como essas podem ser muito mais do que um mero desnivelamento entre alunos, mas algumas das características da dislexia. Considerada um distúrbio e não uma doença, a dislexia é um transtorno manifestado na aprendizagem da leitura e escrita dos estudantes. Por ser invisível a muitos educadores, a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) em parceria com o Instituto ABCD lançaram uma plataforma de formação on-line gratuita para professores. O ambiente virtual vai oferecer desde conteúdos básicos sobre o tema, formas de identificar o distúrbio e de adquirir técnicas para ensinar leitura, soletração e escrita até apontar como melhorar o ambiente escolar, fazendo com que os estudantes lidem com suas dificuldades específicas em concentração, memória e organização.
O curso foi desenvolvido a partir da versão criada originalmente pela Dyslexia Internacional e autorizado pelo Ministério de Educação Superior, da Pesquisa Científica e das Relações Internacionais da comunidade francófona belga. O material foi financiado pela Unesco e lançado em quatro de suas seis línguas oficiais: árabe, chinês, inglês, francês, russo e espanhol.
No Brasil, o conteúdo direcionado ao treinamento dos professores foi trazido pela UFMG, que, em parceria com o Instituto ABCD, adaptou-o para a língua portuguesa e lançou a plataforma. Os conteúdos podem ser acessados no link http://dislexiabrasil.com.br. “Em outros países, o conceito de dislexia faz parte do dia a dia escolar. Aqui, ainda temos dificuldade para garantir que as pessoas entendam o que ela é. Por conta disso, estamos trabalhando, principalmente, na conscientização do público e em um caráter mais específico, a partir da disponibilização desse material. Ele traz tanto questões científicas quanto técnicas, com a proposta de empoderar os professores de diferentes formas”, afirma Monica Weinstein, presidente e diretora do Instituto ABCD e mãe de uma filha com dislexia e discalculia – problema que gera dificuldade de aprendizagem de uma pessoa de compreender e manipular números.
Para Weinstein, a capacitação é fundamental para que os professores coloquem o tema cada vez mais em pauta. Cerca de 10% da população mundial, desconsiderando cultura, classe social ou gênero, é afetada pela dislexia, de acordo com estudo feito por cientistas da universidade College London, no Reino Unido. “Se não tivermos os docentes do nosso lado, não conseguiremos mudar esse cenário. Tentamos evitar a cronificação, que é chegar a um cenário mais agravante da dislexia no país”, afirma.
Para acessar os conteúdos, os professores precisam estar cadastrados na plataforma. Os materiais, que incluem textos, PDFs e vídeos, podem ser usados de forma ilimitada. Como o curso não é modular, o usuário pode gerenciar um cronograma próprio para suas aulas – que têm, em média, 20 horas –, além de responder a um questionário no final do curso, para receber um certificado. Além disso, por conta de seu conteúdo técnico, a plataforma também pode ser usada por especialistas, como pedagogos ou médicos, que trabalham com crianças e jovens. “O curso não tem tanta interatividade, porém permite que professor organize seu tempo da forma como quiser”, diz.
Weinstein afirma que esse treinamento é importante porque dá ferramentas e empodera o professor para saber o que fazer e entender as necessidades de cada estudante.  “O professor não faz diagnóstico porque ele não tem especialidade para isso. No entanto, é ele quem passa grande parte do tempo com o aluno, no dia a dia, em sala de aula. Ele não precisa fazer um diagnóstico, mas um check list, já que aprende a perceber os perfis de alunos. Dessa maneira, o professor passa a entender que as dificuldades não estão ligadas ao histórico escolar do aluno, de maus professores, mas porque o estudante pode ser um disléxico e realmente ter problemas em aprender”, diz.
Além da bagagem conceitual, o treinamento oferece orientações bastante aplicáveis ao cotidiano escolar, como a realização de exercícios de leitura oral com alunos com dislexia (uma vez que eles têm dificuldade em se concretar na leitura escrita) ou a não descontar pontos por erros ortográficos. “Essas são algumas orientações genéricas, que estão nas mãos dos professores e não dependem de grandes investimentos”, afirma.
A ausência de um diagnóstico precoce, considera Weinstein, pode interferir diretamente na autoestima e motivação, deflagrando a evasão e o fracasso escolar. “Os alunos com dislexia que recebem uma formação adequada em alfabetização, por exemplo, com cuidado especial, em seis ou oito meses conseguem render dois anos de atraso”, finaliza. POR VAGNER DE ALENCAR - PORVIR -23/07/2013 - SÃO PAULO, SP

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