Internautas com ensino superior são a maioria entre os usuários de cursos online. Eles representam 22% dos que procuram atualização profissional via internet, contra apenas 8% dos que cursaram apenas o ensino médio e 5% dos que fizeram só o fundamental. A conclusão foi apresentada em estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgado nesta terça-feira (10). O Brasil tem um total de 63 milhões de usuários, segundo dados de 2009. Desses, 11%, ou cerca de 6,5 milhões, estudam pela internet. A maior parte desse número está nas classes sociais mais altas. A predominância é da A, com 21% dos que frequentam cursos online, seguida da B, com 14%, e da C, com 10%. O estudo mostra ainda que 11% dos alunos residem em área urbana, enquanto 6% vivem na zona rural. Entre as regiões do País, não há grandes diferenças na distribuição: a liderança é da Sudeste, com 12% dos usuários, e a Sul, a lanterninha, fica com 9%. “Aqueles que acessam a internet principalmente de locais como telecentros e lan houses têm menos chance de participarem de cursos online que aqueles que acessam principalmente de casa, da instituição de ensino ou do trabalho”, diz o estudo.Empresas - As empresas de grande porte são as que mais apostam na internet como meio de atualização profissional. Aquelas com mais de 250 funcionários concentram 55% dos usuários, numa amostra de 340 mil analisadas. O setor de transporte, armazenagem e comunicações é o que recorre mais a esse tipo de treinamento. Já o de alojamento e de alimentação é o mais resistente. Veja o estudo completo no artigo "Um perfil do uso da educação on-line no Brasil", publicado na décima terceira edição do boletim "Radar: Tecnologia, Produção e Comércio Exterior".