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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

SIMPÓSIO OPORTUNIZA REUNIÃO DE COORDENADORES DE CURSOS DE PSICOPEDAGOGIA


                 A ABPp, por meio da Comissão de Formação e Regulamentação do Conselho Nacional  está organizando  o II Simpósio Nacional de Psicopedagogia, que abrigará, como atividade pré-congresso 2012, a Reunião de Coordenadores dos Cursos de Psicopedagogia  no qual os coordenadores de cursos terão papel essencial na revisão das Diretrizes Básicas da Formação do Psicopedagogo no Brasil e na solidificação do papel e identidade do psicopedagogo na contemporaneidade.  
   
                Assim sendo, a ABPp terá a grata satisfação em compartilhar este momento tão significativo com as instituições que ministram cursos de Psicopedagogia, recebendo as inscrições dos coordenadores sem ônus, tanto para a reunião de Coordenadores como para todas as atividades do II Simpósio Nacional de Psicopedagogia para que suas experiências sejam representativas das ações desenvolvidas por seus cursos. As inscrições deverão ser feitas através do site: www.abppsimposio2011.com.br.
   
A ABPp disponibiliza ao público um cadastro dos cursos de  Psicopedagogia no Brasil. Veja em www.abpp.com.br

            
  

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

II SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE DISLEXIA

a Associação Brasileira de Psicopedagogia – ABPp, em parceria com a UNIFIEO, convidam todos os Psicopedagogos, profissionais da Educação e áreas afins, bem como estudantes e demais interessados a participarem.

Mais informações e inscrições pelo site www.abppsimposio2011.com.br

Faça você mesmo a sua escola


O Reino Unido está inaugurando esta semana 24 "escolas livres", que vêm a ser estabelecimentos de ensino financiados pelo poder público, mas geridos pela comunidade ou por alguma empresa que se disponha a fazê-lo. O pano de fundo ideológico da ideia está na pregação de campanha (vitoriosa) de David Cameron, conservador. Se desse para resumir em um slogan, como é da praxe deste mundo dominado pelo twitter, diria que é "menos Estados, mais sociedade". Na prática, funciona assim: um grupo de pais, por exemplo, ou alguma organização decide criar uma escola. Deve, então, enviar requerimento ao Ministério da Educação, demonstrar que existe demanda local de parte de pais e/ou alunos, apresentar um projeto educativo e o plano financeiro. Se aprovada a proposta, o governo financia a instalação da escola, que, no entanto, permanece gratuita. A partir daí, o Estado sai de campo e deixa a cargo de um Comitê Diretor (preferencialmente formado pelos pais) o recrutamento de professores, a definição do número de alunos por classe, a organização do tempo de estudos, o conteúdo dos programas escolares e assim por diante. Fico imaginando se esse tipo de escola "faça você mesmo" funciona. Dizem que há exemplos similares na Suécia e nos Estados Unidos, mas desconheço qualquer avaliação delas.

E no Brasil, funcionaria? Tenho sérias dúvidas. O sucesso desse tipo de empreendimento passa, inexoravelmente, pelo envolvimento profundo de pais e mães. Em cidades como Rio e São Paulo, a grande maioria dos pais/mães não consegue, mesmo que tenha boa vontade, encontrar tempo nem para atividades mais imediatas na relação familiar, imagine então envolver-se com a escola. Seria necessário desenvolver um sentido de comunidade que se debilitou no mundo todo por mil motivos que não vem ao caso relacionar aqui. Mas é algo para se pensar, posto que o modelo educacional brasileiro está em crise (vive em crise, na verdade). Resolveu o problema da quantidade, ou seja, colocou na escola quase a totalidade das crianças em idade escolar, mas permitiu concomitantemente que se deteriorasse fortemente a qualidade.

Clóvis Rossi, Folha de SP/ 08/09/11

ALFABETIZAÇÃO - É PARA COMEMORAR OU PARA CHORAR ?

Hoje é comemorado o Dia Internacional da Alfabetização, data instituída pela UNESCO. Em recente pesquisa realizada pela ONU, um dado alarmante : 793 milhões de pessoas em todo o mundo não sabem ler nem escrever. Revisitando o passado, lembrei-me de artigo publicado há vários anos a este respeito, mas que ainda se mantém atual.
Que vocês possam apreciar, refletir, compartilhar idéias !



O QUE FAZ A DIFERENÇA ...

Alfabetização é o termo utilizado para nos referirmos à aprendizagem da leitura e da escrita. A palavra alfabetizar surgiu na Antiguidade e já era empregada na Grécia relacionada ao ensino do alfabeto. Durante séculos seu significado esteve restrito `a capacidade de dominar um sistema de sinais que compõem o código da linguagem escrita.
Hoje já não é assim. Com a superação da visão de mundo positivista e o advento das posições interacionistas e construtivistas, o termo ganhou novo significado e, ficou, de certa maneira, pobre. Os lingüistas preferem adotar o conceito de “letramento “, mais rico em possibilidades, visto que praticamente todas as sociedades atuais são “letradas “, isto é conhecem, utilizam, transmitem a seus componentes a palavra escrita. Desta forma, todo indivíduo que compartilha de um universo sócio-cultural está imerso num outro universo, o das letras, seja ele alfabetizado ou não.
De qualquer maneira, tal discussão, que pode nos parecer ora filosófica, ora meramente semântica, não é o que interessa aqui. Penso que podemos enveredar por outros caminhos...
Lembro-me de uma figura, uma metáfora descrita por Alícia Fernandes num de seus livros: a dos “corpos cadernos “. Ela descreve o sonho de uma criança, que “vê” seu corpo e o de todos os colegas da classe como se fossem cadernos. Essa imagem é muito forte ! ! Como produto onírico, é uma produção imaginária ( no sentido psicanalítico) e gostaria de seguir a rota de tal imagem.
Por que “corpo caderno “? Parece-me que esta figura é símbolo de toda humanidade. nossos corpos são realmente cadernos, porque neles estão inscritos, filogenéticamente, nossas escritas.
Com isso quero dizer, que a leitura/ escrita é uma das marcas da criatura humana hoje, tal como o são a postura ereta e a fala. Da mesma maneira que, no Neolítico, nossos antepassados descobriram a agricultura e tal descoberta revolucionou completamente sua maneira de viver, seus hábitos alimentares e suas predisposições biológicas, na Antiguidade, o surgimento do alfabeto também revolucionou completamente as relações sociais, a maneira do homem manejar e acumular seus conhecimentos.A palavra falada, a partir daí, pede a inscrição, como nos lembra Derrida e a escritura faz a diferença.
O acesso à leitura/escrita sempre foi, e continua sendo, expressão de poder e a alfabetização, uma conquista. Ser alfabetizado é caminhar num continuum de ampliação do processo de letramento, que caracteriza o homem moderno em seu processo ontogenético de desenvolvimento. Por isso, a alfabetização marca, por isso ela assume características de um verdadeiro rito de passagem. A escola trata de valorizar tal conhecimento por meio de uma “formalização “ do ensino e de comemorações em torno do fato, o que se pode atestar pela “festa do livro “, tão comum ainda hoje; a família, a seu turno, encontra também um jeito de valorização da alfabetização, significando-a , a seu modo, por meio de expectativas, exigências, determinações acerca dos cadernos, deveres etc... etc...
Por isso aprender a ler e a escrever é tão significativo! Com esse conhecimento inauguram-se novas possibilidades: apreender o sentido e criar sentido, imergir no pensamento coletivo e emergir sujeito . Que indivíduo tem sentido sem sua História ? 
Como ser histórico sem escrita ?
Por isso, o sonho daquela menina, em sua aparência imagística, é na essência, o símbolo de nossa condição humana, prisioneiros que somos num mundo de letras, palavras , frases e textos, que, se não conseguem ser lidos - ou escritos - expressam nossa inferioridade, nossa marginalidade ou nossa agressividade para com a sociedade
Por isso, tantos problemas e tantas dificuldades em relação às atividades de leitura/escrita, seja nas classes populares como naquelas de melhor condição sócio-econômica! Lidar com a escritura é extremamente significativo para todos, é fator de autonomia, de domínio do léxico, de exercício de autoria, mas, ao mesmo tempo, de sujeição à regras de sintaxe e de ortografia, de submissão do autor à interpretação do leitor, de manipulação de sentimentos geralmente ambivalentes porque referem-se ao desejo de conhecer.
Construir um “corpo caderno “ é , como já disse, uma metáfora,que expressa uma diferença, num corpo que se torna diferente a partir do domínio da leitura/escrita; conhecimento que deixa marcas, que marca a diferença, que nos difere.

Júlia Eugênia Gonçalves





quarta-feira, 24 de agosto de 2011

POR UMA CULTURA DE PAZ




Realizado em Varginha no Teatro Capitólio no dia 18 de agosto, O Fórum Técnico Segurança nas Escolas, Por uma Cultura de Paz,  iniciativa da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais  tem por objetivos levantar os problemas enfrentados pelos alunos e profissionais da educação da região,  decorrentes da violência dentro e fora do ambiente escolar; discutir propostas de integração de órgãos e políticas relacionadas à questão da violência no ambiente escolar e buscar, junto às entidades representativas da sociedade civil e dos setores público e privado da região, subsídios para a formulação de políticas públicas, visando à prevenção e ao combate à violência no ambiente escolar.
 Júlia Eugênia Gonçalves foi convidada para proferir a palestra “Segurança nas escolas: por uma cultura de paz” a fim de propiciar subsídios para os grupos de trabalho que aconteceram durante o evento.
 Baixe a apresentação em  http://www.slideshare.net/juliaeugenia/segurana-nas-escolas-por-uma-cultura-de-paz

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Brasil deve alcançar um milhão de estudantes em cursos a distância em 2011, prevê MEC



O Brasil deve alcançar em 2011 o total de um milhão de estudantes universitários em cursos à distância. O número deve ser divulgado no próximo Censo da Educação Superior, a ser lançado ainda esse ano. A estimativa é do diretor de Regulação e Supervisão da Educação a Distância do Ministério da Educação (MEC), Hélio Chaves Filho. Ela foi divulgada em um debate realizado na Universidade de São Paulo (USP) nessa quinta-feira (18/8). “Os últimos dados são de cerca de 870 mil alunos. Em 2011 devemos alcançar um milhão de estudantes em EAD [Educação a Distância]”, declarou. “O Brasil tem cinco milhões de estudantes universitários e deles um milhão estão na educação à distância. Isso significa que em 12 anos a modalidade alcançou 20% das matrículas”, afirmou durante o evento. “Tendo isso em vista, o debate sobre se educação a distância vai dar certo não se sustenta mais. Ela já deu certo. Agora tem que ser encarada pelas escolas e pelos conselhos profissionais”. O diretor do MEC declarou ainda que o uso de tablets deve ser incentivado na educação à distância. “Por que não pensar o material didático neles? Isso permitiria que ele fosse construído de maneira colaborativa, além de poder ser atualizado constantemente”.
Sarah Fernandes Portal Aprendiz, 19/08/2011





segunda-feira, 1 de agosto de 2011

NOVO DESAFIO



Ao reler o título desta postagem me deparei com a percepção da redundância: todo desafio não é novo ? Sim, claro ! Porém, permaneci com o título porque esse desafio para mim não é apenas novo, é inovador.

Isto posto, passemos ao assunto que quero trazer em pauta: curso de pós-graduação em Psicopedagogia na modalidade EAD. Já escrevi o quanto reticente fui a este respeito ?Graças a Deus a mudança faz parte da vida !

Quando fiz parte da comissão de cursos do Conselho Nacional da ABPp- Associação Brasileira de Psicopedagogia - compartilhava com as colegas a visão de que a formação do psicopedagogo tinha que ser presencial em virtude da necessidade de criação de vínculos, construção de escuta e olhar etc...

Hoje, tenho certeza de que podemos formar bons psicopedagogos usando a tecnologia de ensino a distância. Coordenar o projeto EducEAD www.educead.com.br desde 2006 me garantiu experiência suficiente para dizer que podemos construir vínculos amorosos( como propõe Paulo Freire ) a distância. Que tudo depende de competência relacional do autor do material e do tutor que faz a gestão da sala de aula on line.

Outra experiência que me confirmou tal idéia foi produzir material didático e realizar tutoria de turmas no curso de pós-graduação em Psicopedagogia da FUMEC/ BH/MG no ano passado e neste ano. Percebi que meus alunos aprenderam comigo e que criamos laços de amizade e colaboração.

Por isso me atrevi a propor um curso de pós-graduação lato sensu em Psicopedagogia EAD, atendendo às diretrizes da ABPp, com 600 horas de duração e ênfase na atuação institucional e clínica. Estou trabalhando neste projeto atualmente, trazendo uma visão andragógica e amorosa para a educação a distância e a Psicopedagogia, na qual o sujeito é visto como um ser autônomo, dialógico e capaz de aprender com a mediação tecnológica porque sua natureza é mutante e adaptativa, numa dialética da aprendência que só ele possui.

O desafio está diante de mim e me lembro de meu sogro dizendo que eu "sou muito abusada para o meu tamanho", num tom carinhoso que eu interpretava como admiração. Como todo desafio, traz consigo medo ...ansiedade...mas, sei que isso faz parte do jogo e que o melhor sentimento será o de prazer quando puder compartilhar com vocês os resultados desse trabalho, no qual estou tão confiante quanto aquele gatinho passeando calmamente diante dos cães, na imagem acima.

 Vamos aguardar ?

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