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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Brasil deve alcançar um milhão de estudantes em cursos a distância em 2011, prevê MEC



O Brasil deve alcançar em 2011 o total de um milhão de estudantes universitários em cursos à distância. O número deve ser divulgado no próximo Censo da Educação Superior, a ser lançado ainda esse ano. A estimativa é do diretor de Regulação e Supervisão da Educação a Distância do Ministério da Educação (MEC), Hélio Chaves Filho. Ela foi divulgada em um debate realizado na Universidade de São Paulo (USP) nessa quinta-feira (18/8). “Os últimos dados são de cerca de 870 mil alunos. Em 2011 devemos alcançar um milhão de estudantes em EAD [Educação a Distância]”, declarou. “O Brasil tem cinco milhões de estudantes universitários e deles um milhão estão na educação à distância. Isso significa que em 12 anos a modalidade alcançou 20% das matrículas”, afirmou durante o evento. “Tendo isso em vista, o debate sobre se educação a distância vai dar certo não se sustenta mais. Ela já deu certo. Agora tem que ser encarada pelas escolas e pelos conselhos profissionais”. O diretor do MEC declarou ainda que o uso de tablets deve ser incentivado na educação à distância. “Por que não pensar o material didático neles? Isso permitiria que ele fosse construído de maneira colaborativa, além de poder ser atualizado constantemente”.
Sarah Fernandes Portal Aprendiz, 19/08/2011





segunda-feira, 1 de agosto de 2011

NOVO DESAFIO



Ao reler o título desta postagem me deparei com a percepção da redundância: todo desafio não é novo ? Sim, claro ! Porém, permaneci com o título porque esse desafio para mim não é apenas novo, é inovador.

Isto posto, passemos ao assunto que quero trazer em pauta: curso de pós-graduação em Psicopedagogia na modalidade EAD. Já escrevi o quanto reticente fui a este respeito ?Graças a Deus a mudança faz parte da vida !

Quando fiz parte da comissão de cursos do Conselho Nacional da ABPp- Associação Brasileira de Psicopedagogia - compartilhava com as colegas a visão de que a formação do psicopedagogo tinha que ser presencial em virtude da necessidade de criação de vínculos, construção de escuta e olhar etc...

Hoje, tenho certeza de que podemos formar bons psicopedagogos usando a tecnologia de ensino a distância. Coordenar o projeto EducEAD www.educead.com.br desde 2006 me garantiu experiência suficiente para dizer que podemos construir vínculos amorosos( como propõe Paulo Freire ) a distância. Que tudo depende de competência relacional do autor do material e do tutor que faz a gestão da sala de aula on line.

Outra experiência que me confirmou tal idéia foi produzir material didático e realizar tutoria de turmas no curso de pós-graduação em Psicopedagogia da FUMEC/ BH/MG no ano passado e neste ano. Percebi que meus alunos aprenderam comigo e que criamos laços de amizade e colaboração.

Por isso me atrevi a propor um curso de pós-graduação lato sensu em Psicopedagogia EAD, atendendo às diretrizes da ABPp, com 600 horas de duração e ênfase na atuação institucional e clínica. Estou trabalhando neste projeto atualmente, trazendo uma visão andragógica e amorosa para a educação a distância e a Psicopedagogia, na qual o sujeito é visto como um ser autônomo, dialógico e capaz de aprender com a mediação tecnológica porque sua natureza é mutante e adaptativa, numa dialética da aprendência que só ele possui.

O desafio está diante de mim e me lembro de meu sogro dizendo que eu "sou muito abusada para o meu tamanho", num tom carinhoso que eu interpretava como admiração. Como todo desafio, traz consigo medo ...ansiedade...mas, sei que isso faz parte do jogo e que o melhor sentimento será o de prazer quando puder compartilhar com vocês os resultados desse trabalho, no qual estou tão confiante quanto aquele gatinho passeando calmamente diante dos cães, na imagem acima.

 Vamos aguardar ?

quarta-feira, 27 de julho de 2011

DIALOGICIDADE





Tecnologias midiáticas, instrumentos e estratégias para comunicação, divulgação e interação de saberes e seres humanos é uma realidade inegável e tem produzido um novo formato de relação entre as pessoas. Tornam o tempo mais “útil” reduzindo o seu “desperdício”, efervecendo a mobilidade de dados, informações e conhecimentos. Por estas características a tecnologia da informação, expressa através das mídias, estabelece uma verdadeira mística, onde ambientes virtuais, substituem o mundo físico, acessos e cliks substituem o convívio e o diálogo entre as pessoas e o anonimato e a atitude solitária tomam o lugar do diálogo e da solidariedade cooperativa.

Os mitos que fazem do fascínio por este novo universo de possibilidade de “ser gente”, podem representar uma forma de consolidar ainda mais a desumanização das relações humanas e a coisificação das próprias pessoas. Considerando que este universo tende a penetrar no contexto da educação, que é essencialmente de relações, necessitamos estabelecer um compromisso em favor da liberdade e da possibilidade de fazer da educação uma relação essencialmente dialógica.

Ao se supor que as tecnologias assumam um papel educativo, e não informativo, o compromisso com a liberdade e o diálogo cede espaço a uma mística que confunde treinamento com aprendizagem. Qualquer mídia, por si só, representa apenas uma forma de divulgar informações e dados, os quais somente se transformarão em conhecimento e formação humana, pela relação entre estas informações e dados e os seres humanos. as relações aqui referidas não são as que comumente chamamos relações de troca, mas de interação e de constante discussão dialógica e dialética.

Ao contrário se associarmos as tecnologias midiáticas às chamadas técnicas de relações humanas convencionais, corre-se o risco de fortalecer a prática da alienação e dominação humanas. Estas supõem os seres humanos como extensão de máquinas, aumentando a proporção da produção, gerando maior lucratividade com menor custo possível. trata-se portanto de uma mistificação pouco ingênua, absolutamente ligada ao interesse elitista com o propósito de forma “bons e competentes” trabalhadores. Percebe-se uma evidente 
condução das pessoas convertendo a educação numa agência de qualificação profissional. Na contracorrente desta tendência, torna-se eminente, a necessidade de educadores éticos, adeptos à prática dialógica e dialética. A medida em que o mito que converteu as mídias em instrumentos de formação humana se estende pelas práticas educativas, é preciso fazer ampliar a discussão dialógica em torno do real compromisso do educador ao fazer uso desta tecnologia.

Caberá ao educador e a educadora dialógica garantir a liberdade das pessoas se constituírem agentes de sua própria formação rejeitando qualquer tentativa ou ameaça de se coisificar as relações essencialmente humanas. Numa atitude sábia, utilizar as mídias e as tecnologias para executar tarefas mecânicas e repetitivas, para que as pessoas tenham mais possibilidade e tempo de fazer que máquina alguma pode fazer: ser gente. A grande mística a ser aceita e enaltecida deverá ser a da criação pelo diálogo, interação, respeito e solidariedade entre os diferentes, que somente se encontram quando estes diferentes se tocam física e afetivamente.

Nilton Bruno Tomelin
 
 

terça-feira, 26 de julho de 2011

Fies poderá financiar curso de educação a distância



A Câmara analisa o Projeto de Lei 325/11, do deputado Rubens Bueno (PPS-PR), que inclui os cursos a distância no âmbito do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). As leis atuais não são claras sobre a possibilidade de o estudante usar o Fies para pagar cursos ministrados a distância. “Não se pode ignorar as possibilidades da educação a distancia para a inclusão educacional de parcela considerável da população brasileira”, argumenta Bueno. De acordo com o Ministério da Educação, os cursos a distância já são adotados por um em cada cinco novos alunos de graduação. Apesar do nome “ensino a distância”, o parlamentar alega que, na verdade, esse modelo de ensino é semipresencial, porque cursos totalmente a distância são proibidos pela legislação. 
O deputado acrescenta que o próprio governo é o responsável pelo grande impulso dessa modalidade de ensino, com a criação da Universidade Aberta do Brasil, em 2005, instituição que, hoje, oferece 180 mil vagas em cursos superiores a distância, em parceria com universidades federais.

Versatilidade - Rubens Bueno explica que, em geral, os estudantes são atraídos pela versatilidade, modularidade e capacidade de inclusão que o ensino a distância oferece. Por outro lado, a modalidade exige autonomia do estudante, porque as aulas são construídas por meio de tecnologias como fóruns de discussão, videoconferências e chats pela internet. Algumas das avaliações também podem ser feitas on-line, mas as provas devem ser presenciais, assim como parte do conteúdo das aulas e atendimento dos professores.

Tramitação - O projeto foi apensado ao PL 5797/09, do deputado Felipe Maia (DEM-RN), que trata do mesmo assunto. As propostas serão analisadas pelas comissões de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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